sábado, 29 de junho de 2013

MGMT - Time To Pretend

História #26 - Vem pra rua II | SP

sábado, 8 de junho de 2013

Limites

Respeitei prazos
e esperei calmo
buscando um sentido
pro desafeto...
Os dias naufregavam
ensopados de indiferença
e tuas migalhas
mal nutriam
um resto de esperança
acamada e doente.
Não vou escrever
um final trágico
como legenda
nas tuas fotos
sorrindo comigo,
Nem esquecer
o que me prometeu
num domingo...
Se me sinto explicando
e você escapando,
se me via chamando
e você desligando.
No limite da aposta
sem certeza do que gosta...
Decidi ir em frente
por mim
por ti
por nós...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Renascimento

Acordo morto
da noite falecida
dos versos que não respiram.
E sigo morto, pelo dia,
vitimado por esperanças
mandando pêsames.
E tudo que me toca
já não sente
e me somem as forças
como vapores 
de um café barato.
E tudo em mim
se faz pranto e desfazer,
meus demônios 
soltos por aí
a brincar.
E logo
vem a noite
assassinada de vontades
povoada de cadáveres
pomposos e resignados.
E me enterro
e sepultado fico
em toneladas de terra
desapropriadas e invadidas,
sem escritura
e sem direito.
E tudo que morre
leva consigo essa culpa
em desapegados suspiros
que libertam a alma.
E morro
na madrugada amordaçada
enquanto se desfazem os laços,
e se descola a carne dos ossos.
E minha matéria
se deteriora e se reorganiza,
escarro o podre dos equívocos
e se despendem
mucos e pedras
dos órgãos triturados
pelas tardes esquecidas.
E um vapor
foge das narinas dilatadas
e dança nas pupilas
rasgadas de sol
e tudo se desfaz num clarão.
A morte branca
me carregando rio acima
onde eu desejava estar.
E a vida
se reconduz
e sentada no próprio túmulo
não se reconhece,
não lê o epitáfio,
mas decora calma 
o mausoléu
e parte 
sem olhar
para trás.