quarta-feira, 8 de maio de 2013

PA 060513 01440 Antologia Íntima

Aqui e ali
fatias do dia,
lambuzando os dedos
açucarados
em flechas
que rasgam 
o opaco do abandono
do terror.
Eu oscilo
na tarde inodora
embebido
de incertezas
que espreitam
por trás das portas.
Deságuam
o sim e o não
que brotam
imperfeitos
na terra seca.
Nasço e morro
durante o dia
em curto
em surto
em transe.
Desenhos rasgados
levados pelo outonal
nas patas 
de um animal
enjaulado
que hora cede
hora grita.
A rosa
vermelha
desfolhada
na luta
contra o vento,.
O filme
que passa
nossa vida 
sem som
sem chão
sem cor
na doença
do entender.
Matei
a lágrima
sacrifiquei 
o sorriso
e me iludi
que nada 
era verdade.
A poesia
que morre
na boca
desbeiçada
 pela palavra
maldita
e o contentamento
inóspito
de humores mutantes.
O rio
se estreita
o caminho
se bifurca
os mapas perdidos
as pernas dormentes
mas o homem
teima.
Um suspiro
a casa em coma
a manhã assassinada
a caneta
e a linha
torta.




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