sexta-feira, 30 de julho de 2010

Genet

Raios de luz
numa tempestade invisível
secam as vontades,
vida sem vida,
ilusão que vem e abraça
meu corpo semi-vivo,
ventos de sal
palatalizam o insalobro do dia,
impérios e afazeres
conquistados pela dolência,
calores e imperfeições
quantas vezes ainda
palavras áridas
num falar fértil,
cessam as horas,
cessam os desejos,
corpo doente,
e agora,
pra onde foram todos,
angustia suave
salas vazias
sepulcro arbóreo
que invade a casa,
noite que acalma
não chega,
umidade perversa
num equinócio sem fim,
paisagem que impede o conforto,
almas inconstantes
não econtram sossego,
sigo em frente
empurrado pela fraqueza
perdi o amanhã
e dia-a-dia
digo o que não quero dier,
me preparo para o  pior
mesmo sabendo que ele nao virá,
administro minha  sanidade
e torturo respostas
 no escuro do sótão.

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