segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Queria

Ai que delícia
enganar-se de amar
seduzir o desprezo
e com tempo
negar-se 
o sim
queria eu
ser tão fraco
que logo quebrasse
ao toque inútil
ser totalmente 
surdo
das palavras vazias
ser sem fé
e não crer
nas fanfarras 
dos empanturrados de si.
Ai que bom
brincar
de amar
sorrir em rota trágica
enquanto se banqueteia
no bufê de falsas expectativas
queria eu também
a leviandade
dos amores impuros
esse falso calor
esse falso brilho.

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não seja tímido

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