quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fome

Esse gosto
que me acorda,
esse querer
que me incrimina.
A fome
da tua carne,
despertando o abutre
que sempre morou em mim.
O predador
que nunca morre,
sentindo sua presa.
Esse teu corpo
tornado alimento
me engorda
o pensamento.
O desejo dos dentes
por tuas partes
te devorando escondido
em todas as tardes.
Sorvendo teus fluidos
adivinhando intuitos
tatuando com as garras
de assassino letal
todo esse amor animal.

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