segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Sonho

Escapam de mim
tantas coisas
tolas
que julguei
tão importantes
migrando ao lado
do exército
de tudo
que eu não entendi.
Eu quis cair
mas flutuei,
quis morrer
mas renasci,
tentei iludir
mas revelei,
quis correr
mas acabei ficando.
E as palavras mortas
assombravam
o nosso novo roteiro
do viver.
Pedi desculpas
mas me culpei,
tentei sorrir
mas eu chorei.
E fiz de conta
que nada havia acontecido.
Neguei os fatos
falsifiquei razões,
numa contabilidade emocional
que nunca fechava.
Por fim,
adormeci
com a ira dos que calam
e com a calma
dos que gritam
e sonhei
respostas.

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