sábado, 5 de outubro de 2013

RJ 051013 0528

E o barquinho vai...
entre o chumbo do mar
e o ouro das nuvens.
São tantos filmes,
alguns aprisionados
e outros soltos por aí.
Um bem estar
de não estar,
um bem querer
de esquecer
e de sempre lembrar.
Decisões assassinadas
em castelos de areia
que o mar perdoou.
O sol derrete
em fluidos
em raios cor da pele,
da mulata bêbada no asfalto,
das pombas negras,
do barco que naufraga no horizonte
onde desisto,
dos automóveis brancos
roídos pela maresia,
do ambulante imóvel,
dos desejos fracassados
na manhã desvelada
entre o sal e a nicotina.
Um eterno laranja
sem ser cítrico,
um infinito branco
sem ser luz,
um inesquecível negro
sem ser noite.

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