Ah esse amigo
que se recusa a ouvir
a ver
e a sentir
dançando sem sorte
uma tosca coreografia
de vida e de morte.
Ah esse amigo
que se apropriou da tragédia
e que fez da desmedida sua meta
que achou que podia convencer
que bordou escondido
sua fantasia de herói
e por fim acreditou com fé
nas bobagens que inventou.
Ah esse amigo
que agora lembro
ao café da manhã
com os pardais em guerra
com um cigarro na mão esquerda
com uma caneta na mão direita
e um mundo no meio.
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