domingo, 27 de março de 2011

A Hora

A hora da terra
a hora do fogo
apague a luz e a clareza
desligue o incenso e o bom senso
a vela na mesa
a mesa na rua
a rua confusa
o teatro ruim
e a descrição de uma cena morta
entre nós e a estepe
entre o rochedo e o mar
que se atreve a balançar
Callas no elevador
calo de amor
palavras vazias
ruas cheias
o vômito
a paranóia
a cidade em festa
indigesta
ainda gesta
nossos filhos.



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