domingo, 20 de março de 2011

teu nome

Pensei teu nome
fardos antigos
em noite de risos
nas cartas do baralho da vida
sem coringas
sem Ás


Falei teu nome
pra lua descomunau
nas pegadas irregulares de um animal


Repeti teu nome
pra aurora que invadia
e para as frestas sempre escuras
pra tudo que não queria ser dia


Gritei teu nome
em guerra de mundos
geleiras sazonais do meu desatino
abismos profundos do meu destino


Esqueci teu nome
nas improváveis tardes
sem esperança e afeto
numa língua que nos iludia
da nossa falta de feto.



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