quinta-feira, 14 de abril de 2011

Anjos, anões e feras
meu irmão não nasceu de mim
e nossas cegas gargalhadas
ecoam como o guincho
de um animal moribundo
É dia?
É noite?
Que diferença faz
se tudo é sempre sem amor.
É tarde?
É cedo?
Pra tentar mais uma vez
disfarçar nossa dor.
Não tente negar nossos crimes
encolhe teu plexo umbilical
teu sexo desigual
e cumula no olhar
tudo que sempre me negaste
soldados, cães e bestas
exército inútil
falange esfarrapada
não foram e nem serão
não vieram e não irão
não nasceram e não morrerão.

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