segunda-feira, 30 de abril de 2012

Não pude, não havia

Não pude te guardar
já não havia espaços
não pude te dizer
já não havia palavras
não pude reparar
já não havia culpa
não pude te agredir
já não havia raiva
não pude te ver
já não havia luz
não pude perder
já não havia vitória
não pude me arrepender
já não havia volta
não pude te matar
já não havia vida
não pude me crucificar
já não havia pecado
não pude te julgar
já não havia culpados
não pude falar sim nem não
já não havia opção
não pude chorar
já não havia lágrimas
não pude escrever
já não havia rimas
não pude esquecer
já não havia lembranças
não pude desistir
já não havia esperanças
não pude avaliar
já não havia medida
não pude me despedir
já não havia partida.



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não seja tímido

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