Esse gosto
que me acorda
esse querer
que me incrimina.
A fome
da tua carne
e o abutre que habita em mim
renasce desgovernado,
o predador
ainda vivo
fareja a presa.
Esse corpo
tornado alimento
esse vício
de que me sustento.
Tua carne
ainda em mim
indigesta lembrança
ainda gesta esperança.
Te rasgar
com os dentes
a carne quente
e te sorver
os fluidos
e te marcar
com as garras
de assassino faminto
de predador letal
meio amor
meio animal.
Te espreito
na noite escura
e não tenho pressa
e não tenho sossego
e não tenho outro jeito
e não tenho medo.
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