domingo, 6 de maio de 2012

Uma Ópera à Iniquidade

O calor
dos falsos beijos
e dos abraços que vampirizam.
O Ardor
das segundas intenções
das tramas do poder sem poder
da adulação causticante.
A chama
da infâmia corrosiva
do olhar frustrado do inimigo
e a ternura dos lábios carnudos e mentirosos.
O mistério
das mãos que esfaqueiam e acariciam
dos elogios vaidosos e sarcásticos
da falsa humildade indulgente
da espiritualidade conflitada.
O pânico
da verdade revelada
da máscara esfacelada
do medonho da própria face.
O balé
dos vermes sinuosos e sedutores
dos corpos em ataque coreografado
as acenos cifrados
o subtexto, o texto e o drama
corpo de baile e trama
em dança ritualizada e feiticeira.



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